terça-feira, 24 de maio de 2011

Estreia de "Um Violinista no Telhado" atraiu muitos famosos ao Oi Casagrande

  
Em duas horas e meia de musical Um Violinista no Telhado, seu protagonista, o ator José Mayer, surpreende cantando, dançando e emprestando fidelidade ao papel do rústico leiteiro Tevye, que vive com sua mulher (vivida por Soraya Ravenle) e as cinco filhas do casal num vilarejo judeu da Rússia czarista.

O espetáculo estreou para convidados nesta segunda-feira (23) à noite no teatro Oi Casa Grande, no Leblon, na zona sul do Rio, reunindo muitos famosos, que foram cumprimentar o ator e o restante do elenco.
Fizeram fila para parabenizá-lo Renata Sorrah, Ney Latorraca, Paulo Gustavo, Guilherme Fontes, Totia Meireles, Edwin Luisi, Eduardo Galvão, Alexandre Barilari, Sophie Charlotte, Elba Ramalho e o casal Roberto Justus e Ticiane Pinheiro, entre outros.

Na peça, Mayer nem de longe lembra o galã das novelas da Globo. Está barbudo e num personagem de origem simples, sem glamour algum. Em conversa com o R7 após a apresentação, o ator comentou o efeito arrebatador de Tevye.

- Este personagem me arrasta e me coloca num redemoinho social muito grande. Nunca vivi antes um papel assim, tão arrebatador. O Tevye é exuberante, um furacão de energia. Depois desta peça - e de Bent, que fiz 30 anos atrás - já posso me considerar um judeu.

A maior dificuldade para ele, durante a preparação, foi soltar a voz.

- Foi difícil descobrir meu timbre vocal e ganhar musculatura musical. Tive de treinar muito a capacidade física nas cordas vocais.

O esforço é tão grande em cena que o ator demora 90 minutos para voltar ao normal após a encenação.

- Estou a 100 por hora agora. Demoro uma hora e meia para desacelerar. É um salto com a maior coragem.

E valeu a pena saltar tão longe. Os famosos foram unânimes na saída da estreia, cobrindo a encenação de elogios. Renata Sorrah foi uma delas.

- É um dos espetáculos mais bonitos que já vi na vida. É emocionante, perfeito. O José Mayer está fantástico. O elenco é maravilhoso.

O apresentador Roberto Justus, na entrada, disse saber quase todas as músicas de cor e estava na expectativa pelo desempenho do protagonista.

- Nunca vi o José Mayer cantar. Estou curioso para ver.

Fonte: R7 Entretenimento

Leia ainda a crítica de Bárbara Heliodora ao espetáculo:

"Um Violinista no Telhado": Encantamento Universal

Já se torna repetitivo afirmar que Claudio Botelho e Charles Möeller estão apresentando um musical de alta qualidade em um espetáculo de excepcionais beleza e acabamento. No entanto, “Um violinista no telhado” é perfeitamente apto a ser apresentado como superior a tudo o que a dupla tinha feito até hoje. O musical em si é produto de 1965, quando o gênero já havia atingido a maturidade e se apresentava como capaz de tratar com sucesso qualquer tipo de assunto.

Libreto comovente, letras lindas

Com base em histórias de Sholem Aleichem, autor mais que consagrado, principalmente pelo que conta das tradições e dos sofrimentos judaicos em tempos idos, Joseph Stein escreveu um comovente libreto, que a música de Jerry Bock e a coreografia de Jerome Robbins expressam com perfeição, sem falar das letras de Sheldon Harnick, todas elas lindas, que Claudio Botelho traduziu de forma impecável. Expressados em termos estritamente judaicos, todos os sentimentos e situações do “Violinista” alcançam a todos, por sua humanidade, sua emoção, seu encantador riso na dor. O espetáculo envolve a plateia de forma total, e não é à toa que ele continua sendo montado mundo afora ao longo dos anos.

A montagem é exemplar. Os cenários por vezes oníricos de Rogério Falcão evocam a época tanto quanto a pobreza do universo da aldeia, assim como os verdadeiros e harmônicos figurinos de Marcelo Pies são irretocáveis na criação do ambiente da ação, com suas cores sóbrias e tecidos escolhidos para durar. A luz de Paulo Cesar Medeiros dá impecável apoio ao clima de cada cena, enquanto o som de Marcelo Claret dá o devido apoio às vozes, na fala e no canto. A supervisão musical de Claudio Botelho é, como sempre, impecável, e a direção de Charles Möeller o mostra cada vez mais senhor da vida do palco. Marcelo Castro é o responsável pela alta qualidade de rendimento da orquestra. É preciso notar que a difícil coreografia de Jerome Robbins é belamente executada.

O elenco de mais de 40 atores tem um rendimento conjunto exemplar. É impossível destacar todos os que merecem nossa atenção, mas os três casais jovens — Rachel Rennhack e André Loddi, Malu Rodrigues e Nicola Lama, e Julia Bernat e Cirillo Luna — se saem muito bem, como estão muito bem todos os outros atores. Temos de reconhecer, no entanto, a excepcional qualidade do trabalho de Soraya Ravenle como Golda e, ainda mais, a de José Mayer, que debuta no teatro musical com uma atuação inesquecível. A emoção do casal em torno de sua unidade familiar é comovente, e “Um violinista no telhado” tem, no Brasil, uma produção em tudo e por tudo da mesma qualidade de suas montagens originais. Podemos sentir orgulho de um trabalho tão bem feito, tanto técnica quanto esteticamente.

Fonte: O Globo – 25/05/11.

Serviço
Quintas e sextas as 21h
Sábados as 17h30 e 21h30
Domingos as 19h

Preços
Quintas e sextas
Platéia VIP – 120,00
Platéia 1 – 100,00
Balcão 2 – 80,00
Balcão 3 – 40,00

Sábados e domingos
Platéia VIP – 150,00
Platéia 1 – 120,00
Balcão 2 – 100,00
Balcão 3 – 60,00

Horários da Bilheteria:
Terça e quarta das 15h às 20h, quinta e sexta 15h às 21h, sábados 15h às 21h30, domingos 15h às 19h.

Ingressos pela Internet: www.ingresso.com

Aceita todos os cartões de crédito e de débito
Tel: (21) 2511- 0800

Tem acesso para deficientes físicos e poltronas para obesos

Capacidade do teatro - 926 lugares
Duração do espetáculo – 130 minutos (com intervalo de 15 minutos)
Classificação etária – 5 anos

Nenhum comentário:

Postar um comentário