terça-feira, 28 de junho de 2011

Aladdin ganhará uma montagem musical


O grande sucesso da Walt Disney "Aladdin" ganhará uma adaptação para o palco e desde já promete ser um grande sucesso. Além dos grandes sucessos "Príncipe Ali" e "Um mundo Ideal", a montagem contará ainda com músicas adicionais compostas por Alan Menken ("A Pequena Sereia", "Sister Act" etc.) em parceria com Tim Rice e Howard Ashman e um elenco fabuloso com nomes como Adam Jacobs (Simba no Tour de "The Lion King"), Courtney Reed (In the Heights) como Jasmine e James Monroe Iglehart (Memphis) no papel do Gênio. O Grande Vizir Jafar será vivido pelo ator Jonathan Freeman, que dublou o mesmo personagem no filme da Disney.
As pré-estreias do musical começarão em Seattle no dia 7 de julho e a estreia oficial está marcada para o dia 21.
Leia a matéria completa aqui

Fonte: Broadway.com

Vídeo Show nos bastidores de "Um Violinista no Telhado"

O Vídeo Show esteve nos bastidores de ‘Um Violinista no Telhado’ e conversou com José Mayer, Charles Möeller, Claudio Botelho, Soraya Ravenle, Marcelo Castro e Priscilla Azevedo.

Confira a matéria que foi ao ar na semana passada:

AUDIÇÃO: A Família Addams


Consagrada pela realização de musicais como O Fantasma da Ópera, A Bela e a Fera, Cats e atualmente em cartaz com Mamma Mia, a TIME FOR FUN prepara-se para montagem de mais um grandioso espetáculo, a superprodução musical da Broadway: “A Família Addams”, que estréia no Teatro Abril no primeiro semestre de 2012.
Inspirado na bizarra e querida família criada pelo lendário cartunista Charles Addams, o musical se tornou uma das mais bem sucedidas produções da Broadway quando estreou no ano passado em Nova York, onde faturou mais de US $ 64 milhões. Na montagem, Nathan Lane e Bebe Neuwirth estrelaram interpretando o divertido casal Gomez e Mortícia. O Brasil será o primeiro país fora dos Estados Unidos a fazer uma montagem de “A Família Addams”.
“A Família Addams” tem textos priginais escritos por Marshall Brickman e Rick Elice (roteiristas de “Jersey Boys”, ganhador do prêmio Tony de Melhor Musical), músicas orignal de Andrew Lippa, direção e concepção de Phelim McDermott e Julian Crouch e coreografia de Sergio Trujillo. Jerry Zaks é o consultor criativo. O musical foi produzido na Broadway por Stuart Oken, Furman Roy, Michael Leavitt e pela Five Cent  Productions, em associação com a Elephant Eye Theatrical.
Os candidatos interessados em participar do espetáculo enviaram currículo até a última sexta-feira (24), e os selecionados participarão dos testes que começam na próxima segunda-feira. Então, MUITA MERDA para eles!

Versão Brasileira de "O Mágico de Oz" terá orçamento de 8 milhões

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Judy Garland, no filme de 1939: a história do escritor L. Frank Baum tornou-se sucesso mundial

Com efeitos especiais e cenários luxuosos, musical pretende levar para o teatro a revolução que Paulo Barros fez no Carnaval


Rafael Lemos

Desde que voltaram à cena brasileira, no final dos anos 1990, os espetáculos musicais exibem uma impressionante escalada de público, de faturamento e de orçamento. O Mágico de Oz, próximo megaespetáculo a caminho, custará cerca de oito milhões de reais – cifra comparável à da produção de longas -metragens. O clássico eternizado por Judy Garland no filme de 1939 chega pelas mãos da Aventura Entretenimento, a mesma produtora de A Noviça Rebelde, Gipsy, Hair e outros seis musicais que já levaram 800 mil espectadores ao teatro e faturaram em dois anos nada menos que 32 milhões de reais.

A versão da Royal Shakespeare Company – considerada a mais fiel ao filme – teve os direitos comprados há três meses pela Aventura, que tem como sócios Luiz Calainho, Aniela Jordan e a dupla Claudio Botelho, Charles Möeller, que fez explodir o teatro musical brasileiro. No Brasil, diz Calainho, a peça chega com ambição de promover no teatro a revolução que o carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca, fez no Carnaval.

O Mágico de Oz é um absoluto clássico da indústria do entretenimento. Mas vamos fazer o que chamamos de ‘non-replica’. Vamos criar a nossa própria versão, e ela vai estabelecer um novo padrão para as produções no país. Teremos mais cenários, iluminação mais ampla e efeitos especiais exuberantes, como uma bruxa voando por cima da plateia. É algo que o Paulo Barros já faz no carnaval, mas que ainda não vemos no teatro brasileiro”, diz Calainho, que pretende construir um teatro no Rio de Janeiro e outro em São Paulo.

O musical estreia em janeiro de 2012, no Rio, e seis meses depois segue para São Paulo, onde permanecerá por igual período. Mas o trabalho de promoção da peça já começa em novembro, através, principalmente, da internet. As redes sociais terão um papel fundamental na primeira fase do processo de seleção dos atores. A expectativa é de que entre cinco mil e seis mil pessoas se inscrevam para as audições.

“Os brasileiros estão entre os maiores consumidores de musicais. Se considerarmos o eixo Rio-São Paulo, perdemos apenas para a Broadway, em Nova York, e a West End, em Londres. Isso porque musical tem tudo a ver com o Brasil. Não existe povo mais próximo à músical do que o nosso. Assim como não há outro povo mais ligado à dramaturgia, basta pegarmos o exemplo das novelas. E o musical é justamente a convergência entre música e dramaturgia”, analisou Calainho, durante evento em que a Oi anunciou os espetáculos que selecionou para patrocinar em 2011.

Antes de O Mágico de Oz, os produtores ainda estreiam outros dois musicais: em maio, Um violinista no telhado, com José Mayer e Soraya Ravenle, e, em outubro, Judy – O fim do arco-íris, sobre a vida de Judy Garland.


Fonte: Blog VEJA.

Patina Miller ensaia "Fabulous, Baby!"

Se você adora saber das curiosidades dos bastidores dos grandes musicais da Broadway, você está no lugar certo. O Blog "Mundo dos Musicais" traz pra você o vídeo de Patina Miller, a atriz que vive Deloris Van Cartier em "Sister Act - The Musical", ensaiando a canção "Fabulous, Baby!". Divirta-se!

Rede Globo exibe a série americana Glee a partir de julho

Glee (Foto: Divulgação)
 
Glee, a série que o mundo inteiro está curtindo e cantando junto, estreia na Rede Globo no dia 2 de julho, logo após Hannah Montana. E você vai poder acompanhar essa comédia musical sobre um professor otimista que tenta transformar o clube do coral de seu colégio e levar seus alunos cantores à maior competição de todas.

O clube do coral do Colégio McKinley costumava estar no topo das competições, mas, depois de uma série de escândalos, se transformou no paraíso dos desasjustados e párias sociais. Will Schuester (Matthew Morrison), um jovem professor otimista, se oferece para assumir o clube e levá-lo de volta à glória com a ajuda de sua colega de trabalho Emma Pillsbury (Jayma Mays). E  eles têm um longo caminho a percorrer quando estrelas um tanto incomuns se candidatam ao grupo: Kurt (Chris Colfer), um soprano com um grande talento para o drama, Mercedes (Amber Riley), uma diva que se recusa a fazer segunda voz, Artie (Kevin McHale), um guitarrista meio nerd que passa a maior parte do tempo fugindo dos valentões, e Tina (Jenna Ushkowitz), uma garota um tanto estranha que precisa superar sua gagueira antes de subir ao palco.
A única esperança do professor são os talentos natos Rachel Berry (Lea Michele), uma garota perfeccionista que está convencida de que o clube do coral é seu passaporte para o estrelato, e Finn Hudson (Cory Monteith), o jogador de futebol americano mais popular do colégio que tem que proteger sua reputação com a namorada líder de torcida, Quinn (Dianna Agron), e seu colega de time arrogante, Puck (Mark Salling).

Motivado  por segredos de seu passado, Will está determinado a fazer o que for preciso para devolver a glória ao clube, ainda que todos a sua volta - da sua esposa Terri (Jessalyn Gilsig) à chefe das líderes de torcida Sue Sylvester (Jane Lynch) - pensem que ele está louco.

Tony Awards 2011: Os vencedores



Os Tony Awards, que premeiam os melhores musicais e peças da Broadway, foram entregues no Beacon Theatre, em Nova York, num evento que foi apresentado pelo actor Neil Patrick Harris.
O grande vencedor foi ‘Book of Mormon’, que levou nove Tony Awards. Este espectáculo satírico sobre mórmons é da autoria de Trey Parker e Matt Stone, criadores da famosa série ‘South Park’.

Conheça todos os vencedores:
Melhor Peça: ‘War Horse’
Melhor Musical: ‘Book of Mormon’
Melhor Remake de Peça: ‘The Normal Heart’
Melhor Remake de Musical: ‘Anything Goes’
Melhor Encenação em Musical: Casey Nicholaw e Trey Parker – ‘Book of Mormon’
Melhor Encenação em Peça: Marianne Elliott e Tom Morris – ‘War Horse’
Melhor Actriz em Peça: Frances McDormand – ‘Good People’
Melhor Actriz em Musical: Sutton Foster – ‘Anything Goes’
Melhor Actor em Peça: Mark Rylance – ‘Jerusalem’
Melhor Actor em Musical: Norbert Leo Butz – ‘Catch Me If You Can’
Melhor Actriz por participação especial em Peça: Ellen Barkin – ‘The Normal Heart’
Melhor Actor por participação especial em Peça: John Benjamin Hickey – ‘The Normal Heart’
Melhor Actriz por participação especial em Musical: Nikki M. James – ‘Book of Mormon’
Melhor Actor por participação especial em Musical: John Larroquette – ‘How to Succeed in Business’
Melhor Livro de Musical: ‘Book of Mormon’ – Trey Parker e Matt Stone
Melhor Guarda-Roupa em Peça: ‘Importance of Being Earnest’
Melhor Guarda-Roupa em Musical: ‘Priscilla Queen of the Desert’
Melhor Cenário em Peça: ‘War Horse’
Melhor Cenário em Musical: ‘Book of Mormon’
Melhor Iluminação em Peça: ‘War Horse’
Melhor Iluminação em Musical: ‘Book of Mormon’
Melhor Coreografia: Kathleen Marshall – ‘Anything Goes’
Melhor Banda Sonora em Musical: ‘Book of Mormon’
Melhor Orquestração em Musical: ‘Book of Mormon’
Melhor Edição de Som em Musical: ‘Book of Mormon’
Melhor Edição de Som em Peça: ‘War Horse’

Entrevista do Diretor Charles Moeller ao Blog Infinitivamente Pessoal

O Blog Infinitivamente Pessoal publicou na última sexta-feira, 24/06, uma entrevista com o diretor Charles Möeller.

Leia a entrevista na íntegra abaixo:


Ator, autor, diretor, figurinista, cenógrafo e pessoa querida, Charles Möeller é o entrevistado que fecha a coluna Toda Sexta tem Entrevista do mês de junho. Ao lado de Cláudio Botelho, Charles construiu dentro do cenário do teatro musical um nome de respeito e peso. É impossível pensar no cenário do teatro musical brasileiro, como ele é hoje, sem lembrar de Charles e Cláudio.

Um rapaz com DDA e Dislexia que inventava as histórias dos livros que lia tornou-se um dos maiores diretores de teatro do mundo, vide que Stephen Sondheim é fã confesso da dupla. Charles já dirigiu espetáculos que ficaram consagrados, dentre eles os atuais Hair e Um Violinista no Telhado. Portanto, que venha a entrevista, onde o diretor fala um pouco sobre sua carreira, sobre o cenário musical brasileiro, os medos e receios de se montar um musical e as dificuldades que enfrenta ainda hoje no Brasil!

Bruno Cavalcanti: Ator, diretor, autor, cenógrafo e figurinista, uma relação basicamente completa com o teatro. Como teve início esse seu fascínio pelo teatro?


Charles Möeller: Desde muito pequeno. Acho que o teatro me escolheu! Me lembro claramente quando tinha 4 anos, minha mãe me levou pra assistir no teatro uma adaptação de Quebra Nozes e entrei num surto, queria assistir todas as apresentações, só falava naquilo, e minha mãe sagazmente , me colocou em todas a peças infantis da escola, e eu era uma criança meio maluquinha pois tenho DDA e sou Disléxico, inventava personagens pra mim e tinha uma dezenas de amigos invisíveis, então durante um longo período vivia muito mais num mundo que eu criava do que na realidade… Aliás, a realidade sempre foi uma pouco distorcida pra mim! Nas salas de aula todos liam o mesmo livro, quando eu contava o que tinha lido era sempre chacota, pois tudo pra mim era muito maior e mais colorido e mais dramático, sempre fantasiei muito tudo! Me lembro claramente de quando eu dissertei sobre os 12 trabalhos de Hercules, quando tinha 9 anos de idade, minha professora de português e literatura me disse: “Charles, achei linda essa historia, muito criativa, vou te dar um dez por isso pois vi o quanto você gostou do livro, mas o Hercules já teve muito trabalho com 12, na sua dissertação tem 18 trabalhos!”, ou seja eu inventei 6 a mais. Ainda sou assim… Em leitura sou quase coautor! (risos). Gosto de viver de mentirinha. A realidade é massacrante. A arte é o subjetivo da vida


BC: Você construiu uma carreira sólida e respeitável ao lado do Cláudio Botelho no cenário do teatro musical. No entanto você também já havia construído seu nome como figurinista e cenógrafo. Como estes mundos (da cenografia, figurino e direção) se uniram para refletir no seu trabalho?


CM: Minha relação com cenário e figurino veio da minha formação de dois anos de arquitetura. Quando estava no CPT (Cia do Antunes filho) me candidatei para uma vaga de assistente de cenografia e figurino com o JC Serroni e fiquei sendo assistente dele por três anos! Sempre tive muito fascínio por tudo em teatro, essa minha carreira que foi bem solida durante anos com muito prêmios até, me deram muita base pra ser tão detalhista como diretor e saber exatamente o que pedir pro meu cenógrafo e figurinista (Rogerio Falcão e Marcelo Pies). Sei exatamente o que falar com um cenotécnico , conheço tudo de caixa preta varando, sei solucionar problemas de execução e falo de tecido e corte com costureiras sem medo! Sei que sou exigente com eles, mas sei que sou fácil também, pois sei do ofício deles e posso traçar ideias de igual pra igual! O Marcelo Pies sempre brinca: como é fácil falar com você, pois você sugere até tecido! Sou um esteta e encenador, essas coisas correm juntos na minha cabeça. Mas não tenho mais paciência pra só fazer cenário e figurino, meu trabalho hoje é dirigir!


BC: Como começou sua parceria com Cláudio Botelho?


CM: Uma coincidência cósmica, quando eu tinha 19/20 anos fazia um novela com Miguel Falabella, e um dia ele me convidou pra assistir uma ensaio da peça que ele estava dirigindo com o Ítalo Rossi e com um garoto muito talentoso que tocava violão e cantava composições próprias. Saímos do ensaio e fomos jantar e só falávamos de musical a noite inteira e já se passaram 20 anos e ainda continuamos falando.


BC: As Malvadas, o primeiro musical da dupla. Fale um pouco sobre esse projeto. Como foi ter essa recepção tão positiva da crítica e do público?


CM: Foi a primeira vez que assinamos como dupla, mas já estávamos na estrada um tempo. Foi ato de coragem e até de arrogância juvenil. Minha estreia como autor de teatro com roteiro musical e versões do Claudio, que ia de Stephen Sondheim a Sidney Magal! N’As Malvadas lançamos cantoras incríveis que estão até hoje ai… Recebemos críticas unanimes e até o premio Sharp de melhor espetáculo daquele ano, isso nos deu muito gás para continuarmos.


BC: Você e o Cláudio optaram por produzir exclusivamente musicais. Por que essa preferência pelo teatro musical e não o teatro dito “convencional”?


CM: Somos de musical, esse é nosso ofício. Acho estranho quem transita por todos os gêneros. Não saberia fazer! Sempre ia me dar a impressão de que está faltando alguma coisa! Sou atleta deste ofício.


BC: Qual o critério para que você como diretor se encante por um musical e queira montá-lo?
CM: Minha paixão é pela música do musical e pelo libreto! Tem que ter esse casamento, se a música ou a história não me tocam mutuamente, não monto.


BC: Agora falando da parte técnica. Qual a maior dificuldade em se produzir um musical no Brasil ainda hoje?


CM: Os teatros não têm infra ainda! Temos 2 ou 3 palcos capazes de suportar a estrutura de um clássico como Um Violinista no Telhado, por exemplo, no eixo Rio-SP!


BC: A Noviça Rebelde, um clássico dos clássicos. Não houve certo receio em montar um espetáculo que está já no imaginário popular?


CM: Eu não tenho receio de nada! Faço aquilo que amo e me toca. Nunca tive medo! Se a gente vive com medo a gente paralisa.


BC: Ópera do Malandro, um clássico brasileiro que veio se perdendo na memória popular. Como surgiu essa ideia de remontar este espetáculo?


CM: Queríamos fazer algo grande e de impacto popular na Praça Tiradentes, que estava às moscas e escura, abandonada mesmo, as pessoas tinham medo de ir para o centro a noite! Quando recebemos o convite de estrear um espetáculo no Teatro Carlos Gomes na época de diretores artísticos, na gestão dos teatros da prefeitura! Todos conheciam as musicas, mas tinham perdido o contato com a obra. Achei que seria um bom casamento colocar o malandro na PRAÇA (Tiradentes) outra vez e, apesar de muitos (quase todos), acharem que seria um tiro no pé ficamos com o espetáculo por três anos em cartaz, revitalizamos a praça que voltou a ser iluminada e até pipoqueiro e cambista tinham, e fizemos duas turnês pela Europa com o maior sucesso.


BC: Avenida Q e O Despertar da Primavera foram dois musicais fortes de uma ótima aceitação do público, mas com temas polêmicos e ainda hoje um tanto controversos. Como foi trabalhar com estes dois espetáculos? Houve algum receio de montá-los?


CM: Nem um pouco, eu como artista tenho o dever e direito de quebrar os tabus! Com o Hair também foi assim e esses espetáculos me trouxeram a plateia jovem.


BC: 7 – O Musical, o espetáculo mais autoral da dupla e um dos meus favoritos. Fale um pouco desse espetáculo. As experiências, proporções e a possibilidade de ele ganhar as telas de cinema.


CM: O 7 é nosso musical fetiche , e só tivemos alegrias com ele, é o musical que menos me deu dinheiro, mas é o que me deu mais orgulho, por ser uma criação total, ver minha historia num palco é se ver, se expor, ver sua voz mais interior, era deslumbrante, tão soturno , mágico, num Rio de Janeiro nevando, com feitiços e sortilégios, com músicas compostas pro meu imaginário, não tem preço! É o espetáculo mais premiado da minha carreira e temos varias propostas dele ir parar no cinema! E vamos filma-lo em algum momento.


BC: E 7 parece que ganhará uma cria. Verônica 13. Você pode falar sobre esse espetáculo? Pode me dar uma exclusiva?


CM: O 7 é a primeira parte da trilogia. Veronica ou 13, não é uma continuação é mais é uma cria com o mesmo universo Rodriguiniano que me fascina. Se passa nos anos 50 num Rio de Janeiro nublado e sombrio. Laura na véspera do seu casamento com Pedro se descobre apaixonada pelo irmão dele, Frederico, e envolvida num plano de assassinato, é uma historia de twists e reviravoltas envolvendo, maldições, mortes, vinganças, juras de amor, fantasmas, e um crime nunca explicado na família! Um jogo de amor e azar, por isso a referencia do número 13, uma ciranda de paixões: Pedro que ama Laura, que ama Frederico que ama Verônica que ama Pedro, Frederico e Laura que é amada por Leticia… E assim vai!


BC: Ada Chaseliov e Ivana Domenico são as duas atrizes que mais protagonizaram espetáculos da dupla “Möeller e Botelho”. Qual sua relação com ambas?


CM: Duas amadas, queridas, talentosas! Ada já era minha amiga antes de eu me tornar diretor e é até hoje uma irmã! Mas temos outros nomes que sempre trabalho, como Sabrina Korgut, Gottsha, Alessandra Verney, Renata Ricci, Alessandra Maestrini, Kiara Sasso, Dudu Sandroni, Renato Rabello, Eduardo Galvão, agora a tão jovem Malu Rodrigues, que já esta na sua quarta peça comigo, e tantas outras e outros! Sou como um cachorro fiel, quando gosto, quero ter perto! Funciona como talismã, e ter pessoas que já trabalharam comigo perto é muito bom, pois eles educam os que estão entrando!


BC: E o Charles como público? Qual seu musical favorito?

CM: Sou como o premio Tony, todo ano elejo os que mais gostei, mas nos últimos anos ninguém ainda tirou o brilho de Billy Elliot!



BC: E o que você gosta de ler, ouvir, assistir?


CM: Leio coisas bem variadas, no momento estou lendo um livro lindo do Philp Roth chamado A Humilhação, mas quando estou no processo de trabalho procuro mergulhar a fundo no mundo que estou tratando! No Hair fiquei emergido em literatura Beatnik , ouvindo rock psicodélico, mantras orientas, fui fazer Yoga, tudo pra ter esse olhar pra peça, gosto assim, gosto quando a peça transforma meu dia a dia, inclusive fisicamente! Para o Violinista ganhei um livro de contos do Historiador, Michel Guermam, sobre perolas da literatura Judaica e li praticamente todo Sholem Aleicheim! Para As Bruxas de Eastwick já estou lendo The Witches of Eastwick, de John Updike, o livro que deu origem ao filme e ao musical e The Windows of Eastwick, uma espécie de conclusão que ele escreveu 24 anos depois! Escutar vou te revelar um segredo em primeira mão: quando não estou trabalhando não escuto musica nenhuma, descanso meus ouvidos, detesto musica até no carro, em casa nunca toca nada, pois passo o às vezes 12 horas por dia escutando musica quando trabalho, e trabalho emendando uma musical no outro nos últimos dez anos… Se estou em casa e não estou estudando ou trabalhando é o silêncio que reina!


BC: Charles Möeller como ator. Você já fez algumas novelas além de ter atuado em outras peças. O Charles ator pode voltar a dar as caras nos palcos ou nas telas?


CM: Às vezes tenho muita vontade, tenho até alguns planos, mas não sou daquele que meche em time que esta ganhando! Mas nunca digo nunca!


BC: Gypsy, o musical perfeito. Fale um pouco da experiência de montar um dos musicais mais difíceis da Broadway (que, não por coincidência, é o meu favorito!).


CM: Eu amo a peça! Demoramos 3 anos pra levantar dinheiro pra produção, era o papel certo para Totia (Meirelles – que viveu Mamma Rose) e para Adriana (Garambone – que viveu Gypsy Rose Lee), e o fantasma de ser o musical mais difícil e perfeito de todos os tempos me excitava muito, pois ele é quase um roteiro de cinema , um plano sequência que dura quase duas décadas! Amei cada segundo, foi um sucesso incrível e colocou a Totia no patamar de primeira atriz de musical! Lançou o André Torquarto! Mas falavam a mesma coisa do Violinista também, e olha ele aí com Zé Mayer arrebentando com todas as críticas dizendo ser o melhor trabalho da minha carreira e da carreira dele: Não tenho medo desses mitos do maior, ou mais difícil ou mais perfeito! Quero sempre que seja o mais emocionante.


BC: E a emoção de ter Sondheim em sua plateia…


CM: É um dia único e com certeza, mudou a minha trajetória, e passei para um outro lugar na minha carreira, ele estava com Sir Cameron Mackentosh , o maior produtor de musicais do mundo, e fez questão de ir no intervalo falar com elenco, e até hoje escreve a mão bilhetes muito amáveis nas nossas estreias, temos essa honra e isso mudou o nosso rumo! Passamos pelo crivo de Deus, tivemos críticas incríveis na (revista) Sondheim Review, abriu portas dos escritórios de direitos internacionais.


BC: Para encerrar me diga: Charles Möeller por Charles Möeller. E uma música, uma citação, um poema, frase, qualquer coisa, para fechar.


CM: Falo sempre esse poema pra todos os meus elencos e acho que é que permeia minha vida e meu trabalho de diretor:


“O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homens há dentro de nós. Afirmamo-nos pela luz que fica debaixo da sobrancelha. As pequenas consciências piscam o olho, as grandes lançam raios. Se não há nada que brilhe debaixo da pálpebra, é que não há nada que pense no cérebro, é que não há nada que ame no coração”.

Victor Hugo




Por Bruno Cavalcanti – Blog Infinitivamente Pessoal.

Conheça o elenco completo de "As Bruxas de Eastwick"

Nesta segunda, 13 de junho, tiveram início os ensaios de ‘As Bruxas de Eastwick‘, musical produzido pela T4F (Time For Fun) e dirigido pela dupla Charles Möeller & Claudio Botelho.

O musical estreia em 13 de agosto, no Teatro Bradesco (SP).

Os ensaios já começaram com muitas atividades. Logo após a apresentação de toda a equipe, o elenco teve ensaio de música com Claudio Botelho, Marcelo Castro (diretor musical) e Zaida Valentim (pianista).

Também ontem o coreógrafo Alonso Barros fez exercícios de movimento e coreografia com o grupo. Já o diretor Charles Möeller explicou como é a sua metodologia de trabalho.

Os ensaios prosseguem hoje e mais tarde será realizada a leitura da peça.



Conheça o elenco completo do musical ‘As Bruxas de Eastwick’:




Eduardo Galvão (Darryl)

Maria Clara Gueiros (Alexandra)

Kacau Gomes (Jane)

Renata Ricci (Sukie)

Fafy Siqueira (Felicia)

Renato Rabelo (Clyde)

André Torquato (Michael)

Clara Verdier (Jennifer)

Ben Ludmer (Fidel)

Isabella Moreira (Garotinha) / Alternante

Larissa Manoela (Garotinha) / Alternante

Mulheres:


Beatriz Lucci

Germana Guilhermme

Giselle Lima

Ivana Domenico

Juliana Lago

Karina Mathias

Sefora Araújo

Vanessa Costa

Homens:


Alan Rezende

Blota Filho

Bruno Kimura

Daniel Nunes

Patrick Amstalden

Paulo de Melo

Renato Bellini

William Anderson

Fonte: Site Moeller&Botelho

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Curiosidades de ‘Um Violinista no Telhado’: A Anatevka de 1971

Nem todos sabem que a versão de Charles Möeller & Claudio Botelho para ‘Um Violinista no Telhado’ não é a primeira montagem de ‘Fiddler on the Roof’ no Brasil.

A primeira versão foi apresentada em 1971, no Teatro João Caetano (RJ), com um elenco de 41 nomes e 23 músicos. O musical fez grande sucesso no Rio na época, alcançando mais de 100 apresentações. Em seguida foi para São Paulo com modificações no elenco.

O elenco da primeira montagem brasileira. Ao centro, Ida Gomes, Oswaldo Loureiro, Maria Helena Dias e Fernando Reski


Encabeçando o elenco, Oswaldo Loureiro no papel de Tevye e a saudosa Ida Gomes no papel de Golda. Também faziam parte Maria Helena Dias (Tzeitel), Miriam Müller (Hodel), Fernando Reski (Motel), Suzy Arruda (a Casamenteira), Marco Mirelli (Perchik), Fabíola Fraccaroli (Chava) e Francisco Dantas (O Chefe de Polícia), entre outros. O violinista era interpretado por Miguel Angel Fioroni. Em 1972, Ida foi substituída por Etty Fraser.

A produção fora montada em Buenos Aires antes de estrear no Brasil. Os cenários, figurinos, diretor, bailarinos e ator que personificou o Violinista vieram da montagem argentina. Os bailarinos eram todos argentinos também. Aqui, os figurinos tiveram supervisão de Kalma Murtinho, e a tradução, de Zevi Ghivelder. A direção foi assinada pelo argentino Wilfredo Ferrán.

Nesta foto de divulgação está a atriz Suzana Faini (esquerda), que ensaiou, mas não chegou a estrear


A atriz Suzana Faini, que viveu a Srª A na temporada paulista de ‘7- O Musical’, chegou a ensaiar o ‘Violinista’ para interpretar Hodel. Mas não chegou a estrear, sendo substituída por Miriam Müller. Nem a própria Suzana se lembra o motivo pelo qual não participou. Ainda assim Suzana aparece em uma das fotos de divulgação do espetáculo (acima).

O Site Möeller Botelho localizou a atriz que viveu a Shprintze da primeira montagem brasileira. Ao invés das nossas atuais meninas Hannah Zeitoune e Raquel Bonfante, a primeira Shprintze foi interpretada por uma moça de então 19 anos, Juracy Margarida.

“Foi a minha primeira (e única) experiência em teatro. Depois eu escolhi outro caminho, e trabalhei nas áreas de propaganda e marketing por 35 anos. Essa experiência, no entanto, foi inesquecível, porque o elenco era muito bom, unido, uma família realmente. Era muito gostoso subir ao palco com a turma toda, as músicas eram lindas, e até hoje lembro de praticamente todas as letras das canções!”, diz Juracy ao Site MB.


Na foto das ‘filhas’, Juracy é a do centro, na fila de baixo



“Estou achando ótimo o musical voltar aos palcos do Rio! Hoje a estrutura é muito melhor, e tenho a certeza de que será um espetáculo ainda mais bonito do que há 40 anos – que já foi um marco para a época. Fiquei bastante emocionada quando vi a notícia que o Violinista voltaria, e tenho acompanhado as notícias e o site. De certa forma me sinto em meio a tudo novamente”, afirma.


Divulgado o Elenco Principal de "As Bruxas de Eastwick"

Kacau Gomes, Maria Clara Gueiros e Renata Ricci viverão as três bruxas

Na segunda-feira, 13 de junho, começam os ensaios do próximo musical da dupla Möeller & Botelho: ‘As Bruxas de Eastwick‘.

‘The Witches of Eastwick’ é uma comédia musical de JOHN DEMPSEY e DANA P. ROWE, baseada no romence de John Updike e no fime homônimo.

A produção original de Londres de CAMERON MACKINTOSH.

A versão brasileira, dirigida por Möeller & Botelho, será uma mega produção da T4F (Time For Fun), e estreia em Agosto, no Teatro Bradesco (SP).

 Conheça o elenco principal de ‘As Bruxas de Eastwick’

Darryl – Eduardo Galvão

Alexandra – Maria Clara Gueiros

Jane – Kacau Gomes

Sukie – Renata Ricci

Felicia – Fafy Siqueira

Clyde – Renato Rabelo

Michael – Andre Torquato

Jennifer – Clara Verdier

* Foto: Miguel Pinto Guimarães.
Fonte: site Moeller & Botelho.