terça-feira, 28 de junho de 2011

Versão Brasileira de "O Mágico de Oz" terá orçamento de 8 milhões

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Judy Garland, no filme de 1939: a história do escritor L. Frank Baum tornou-se sucesso mundial

Com efeitos especiais e cenários luxuosos, musical pretende levar para o teatro a revolução que Paulo Barros fez no Carnaval


Rafael Lemos

Desde que voltaram à cena brasileira, no final dos anos 1990, os espetáculos musicais exibem uma impressionante escalada de público, de faturamento e de orçamento. O Mágico de Oz, próximo megaespetáculo a caminho, custará cerca de oito milhões de reais – cifra comparável à da produção de longas -metragens. O clássico eternizado por Judy Garland no filme de 1939 chega pelas mãos da Aventura Entretenimento, a mesma produtora de A Noviça Rebelde, Gipsy, Hair e outros seis musicais que já levaram 800 mil espectadores ao teatro e faturaram em dois anos nada menos que 32 milhões de reais.

A versão da Royal Shakespeare Company – considerada a mais fiel ao filme – teve os direitos comprados há três meses pela Aventura, que tem como sócios Luiz Calainho, Aniela Jordan e a dupla Claudio Botelho, Charles Möeller, que fez explodir o teatro musical brasileiro. No Brasil, diz Calainho, a peça chega com ambição de promover no teatro a revolução que o carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca, fez no Carnaval.

O Mágico de Oz é um absoluto clássico da indústria do entretenimento. Mas vamos fazer o que chamamos de ‘non-replica’. Vamos criar a nossa própria versão, e ela vai estabelecer um novo padrão para as produções no país. Teremos mais cenários, iluminação mais ampla e efeitos especiais exuberantes, como uma bruxa voando por cima da plateia. É algo que o Paulo Barros já faz no carnaval, mas que ainda não vemos no teatro brasileiro”, diz Calainho, que pretende construir um teatro no Rio de Janeiro e outro em São Paulo.

O musical estreia em janeiro de 2012, no Rio, e seis meses depois segue para São Paulo, onde permanecerá por igual período. Mas o trabalho de promoção da peça já começa em novembro, através, principalmente, da internet. As redes sociais terão um papel fundamental na primeira fase do processo de seleção dos atores. A expectativa é de que entre cinco mil e seis mil pessoas se inscrevam para as audições.

“Os brasileiros estão entre os maiores consumidores de musicais. Se considerarmos o eixo Rio-São Paulo, perdemos apenas para a Broadway, em Nova York, e a West End, em Londres. Isso porque musical tem tudo a ver com o Brasil. Não existe povo mais próximo à músical do que o nosso. Assim como não há outro povo mais ligado à dramaturgia, basta pegarmos o exemplo das novelas. E o musical é justamente a convergência entre música e dramaturgia”, analisou Calainho, durante evento em que a Oi anunciou os espetáculos que selecionou para patrocinar em 2011.

Antes de O Mágico de Oz, os produtores ainda estreiam outros dois musicais: em maio, Um violinista no telhado, com José Mayer e Soraya Ravenle, e, em outubro, Judy – O fim do arco-íris, sobre a vida de Judy Garland.


Fonte: Blog VEJA.

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